Terça-feira, 29 de Maio de 2012

Lembram-se de quando éramos miudos? Havia nos jornais duas imagens aparentemente iguais mas que tinham sete diferenças e nós tinhamos de assinalar quais eram. Ainda hoje acho que alguns jornais trazem esse passatempo.

 

Lembrei-me estranhamente disto a proposito de ir eu ou a empregada buscar o meu filho ao Inglês. A acção é aparentemente igual, como nas imagens do jornal, o meu filho ser conduzido do Inglês para casa. Mas um pouco mais de concentração e vemos nessa acção pelo menos sete diferenças que fazem toda a diferença.

 

A 1ª é que que me obriga a sair mais cedo preocupado para o ir buscar. A 2ª saber que dois dias por semana tenho essa incumbência. A 3º falar do Inglês com ele, saber como correu, se tem trabalhos para casa, etc. A 4º conhecer alguns dos colegas e pais que o convidam depois para os anos. A 5º chegar nesse dia mais cedo a casa e por isso acabar também por falar mais com o filho mais velho. A 6º diferença é acabar nesse dia por jantar a horas e com eles. A  7º e última, mas não a menos importante, o amor! Não é que a empregada nao goste dele mas ele sente nesse gesto mais uma demonstração, de preocupação, de que faz parte do meu dia. E para mim o dia tem mais significado. O amor faz toda a diferença desse momento. É como uma viola parada ou tocada por alguém que sabe tocar. Um gesto que faz toda a diferença. 



publicado por baldino às 16:29 | link do post | comentar

Sexta-feira, 11 de Maio de 2012

Um anti-monarquico contou-me uma vez esta historia e eu, concordando ou não com ela, achei tão engraçada que não resisto a contá-la aqui. 

 

Era uma vez.. há muitos muitos anos Dom Afonso Henriques. Logo no inicio da nacionalidade o nosso primeiro rei não tinha corte e então resolveu nomear como sua nobreza todos os seus amigos. É a chamada nobreza de sangue.

 

Os cavaleiros que tinham andado na guerra pela nacionalidade ficaram furiosos e foram ter com o rei para se queixarem

- Então nós que andámos na guerra a chafurdar na porcaria, a conquistar Portugal para ti não temos direito a nada e os teus amigos é que são nobres?

Dom Afonso Henriques que não queria confusões nem revioltosos nomeou esses cavaleiros que andaram na guerra a chafurdar na porcaria nobres também. É a chamada nobreza da porcaria.

 

Estas duas nobrezas foram fazendo descendentes mas nunca se misturaram, mantendo Portugal dois tipos de nobreza: a de sangue e a da porcaria. Até D. Sebastião!!

O D. Sebastião que toda a gente sabe era um snob envolveu-se na guerra contra os mouros e levou para Alcácer Quibir apenas a nobreza de sangue. Morreram lá todos!

 

Por isso hoje Portugal só tem descendentes da outra nobreza :) a da porcaria. 



publicado por baldino às 17:11 | link do post | comentar

Vivemos numa sociedade competitiva. Desde pequenos assimilamos a ideia de que, se não formos bonitos, inteligentes, ricos, simpáticos, nunca teremos sucesso na vida. O professor sente-se orgulhoso ao apresentar o melhor aluno da turma, o treinador gloria-se do mais forte dos seus atletas; mas todos sabemos que uma mãe faz exactamente o contrário: se tiver dois filhos, dará maior atenção, mais cuidados e maior amor ao que for mais fraco e mais doente.O discipulo de Cristo é aquele que , como o Mestre, se inclina e abraça primeiro o mais fraco.

 

"Tinha o rosto e palavras de homem" Fernando Armellini, Giuseppe Moreti. 



publicado por baldino às 10:40 | link do post | comentar

Domingo, 6 de Maio de 2012
A leitura de hoje fala de permanencia. So permanece o que tem qualidade, mesmo aquilo que nos doi so fica quando verdadeiro. Fez-me lembrar a resposta de Bogart no filme Casablanca. "nos sempre teremos Paris" Uma frase simples mas que fala de uma enorme permanencia. De uma recordacao de grande qualidade. Conseguimos imaginar o que a frase resume ao fim de tantos anos. Anos e anos que serviram de ponte ate chegarmos aqui e aqui chegados o que vai ser de nos? - Nos sempre teremos Paris
O novo nao tem que ser melhor. Perdemos a qualidade e preferimos a quantidade. "Se alguem permanece em Mim e Eu nele, esse da muito fruto"
Permanecer. Deixar de pensar so em prosseguir, pensar um pouco em ficar e permanecer. Pode ser so um suspiro na longa vida que temos mas um suspiro de qualidade que nao esquecemos mais. Fica a fazer parte de nos do nosso ADN. E quando tudo nos foge voltamos a esse suspiro. A todas as coisas que permaneveram. O que esse passado que permanece tem de qualidade a capacidade de alimentar o futuro. Nos sempre teremos Paris e isso faz toda a diferenca.


publicado por baldino às 23:43 | link do post | comentar

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