Sexta-feira, 29.10.10

 

 

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.


É preciso também não ter filosofia nenhuma.


Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"

 



publicado por baldino às 12:52 | link do post | comentar

mais sobre mim
posts recentes

É Preciso Também não Ter ...

arquivos

Agosto 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Abril 2011

Fevereiro 2011

Dezembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

tags

2011 balanço

alberto caeiro

alcochete

bebe quiosque revistas social

carlos drummond andrade palavra mágica p

chile orcamento doclisboa howard jacobso

circo chen feira popular lisboa dezembro

fernando pessoa poema felicidade exige v

frankfurt

livro

luanda

magoito

outono

pessoa rossio alma

todas as tags

blogs SAPO
subscrever feeds